"Aquilo é um POP; problema de outra pessoa." - Douglas Adams em O guia do mochileiro das galáxias.
Blog destinado a assuntos sobre experiências e vivências trans e não-bináries, e postagens sobre meu universo particular.
"O mar reclama tudo o que é seu."
Glas Oceana é meu novo livro, recentemente publicado pela Editora Medusa. Trata-se de um Romance/Drama com uma pitada de mistério.
Sinopse: Numa ilha no meio do Atlântico, Bernardo vive sua pacata vida enfrentando dificuldades em lidar com sua filha que se encontra numa condição desconhecida para ele. O surgimento de um velho barco há muito tempo naufragado, reabre velhas feridas, ao mesmo tempo em que dois estranhos chegam à ilha e viram a vida do pescador ao avesso. Agora cada passo incerto é um risco assumido em relação ao futuro que os aguarda.
É angustiante a sensação de desejar alguém que possa lhe ouvir.
É difícil querer algo que não exista, é alimentar seu egoísmo.
Alguém para escutar o que digo, não só agora, mas em todo o porvir.
Sei que dizendo assim, parece que quero alguém dobrada ao proselitismo.
Mas quem de nós se entristece em comunhão com seu próprio hedonismo?
Pricila Elspeth
Primeiramente acho bom esclarecer o que é a bruxaria. Então, comecemos por aí.
A bruxaria é um modo de vida e uma crença que visa a boa convivência, respeito aos animais, à natureza e auto avaliação constante. O caminho da bruxaria é repleto de reflexões, ações positivas e adoração pelo divino feminino. Claro, há deuses que representam o aspecto masculino e deuses que representam uma existência que não se encaixa em nenhum dos dois aspectos, e todas as divindades são adoradas e respeitadas, no entanto, a conexão com as deusas e com o sagrado feminino é muito forte, presente e inato às bruxas.
O que é a solidariedade?
Bem, solidariedade é uma qualidade relacionada à bondade, empatia e ao amor. Ser solidárie é se sensibilizar com a dor, sofrimento de outrem e estender-lhe a mão para ajuda-le de alguma maneira.
O ideal de familiaridade é datado de muito antes da criação da própria sociedade. Engels relata que a estrutura familiar existe desde tempos em que os seres humanos viviam em cavernas. Outros teóricos afirmam que os grupos hominídeos demoraram para criar esse conceito, mas quando o fizeram foi definitivo, pois antes dele, os indivíduos não tinham laços familiares, eram pertencentes ao grupo, todos cuidavam de todos, porém, após a definição de pequenos núcleos dentro do grupo, os indivíduos passaram a se perceber como progenitores e proles, e então estabeleceu-se esse núcleo que hoje chamamos de família.
Esse texto não é sobre sexualidade, não é sobre gênero, nem sobre a população LGBTQIAP+; é sobre uma condição humana, sobre algo imaterial, imensurável e particular, e também sobre mim.
Antes de começar a postar sobre assuntos diversos, explicar algo, questionar alguma coisa e etc, vou me apresentar à vocês, assim ficará mais fácil compreender minhas postagens.
Nasci em São Paulo no ano de 1985, vivi em bairros periféricos até a fase adulta sob uma conduta heterocisnormativa até meados de 2014.
Historiadora, mas atuo na Educação Infantil, faço pesquisas independentes sobre culturas e mitologias brasileiras, faço um pouco de ativismo aqui e ali, mas nada muito estruturado (até agora). Faço pinturas em tela como forma de distração, e como uma tentativa de expandir minha criatividade.
Fã de ficção científica, fantasia e terror, jogadora de rpg, adoro músicas (quase todos os estilos, mas um destaque maior para o rock), viciada em café, doces e massas. ^^
Tornei-me escritora por necessidade. Sim, sempre quis ler livros repletos de representatividade, que contassem o outro lado da vida, que representasse o Brasil, as nossas culturas, crenças e realidades, como era raro, passei a estudar e escrever. Tenho alguns textos publicados no wattpad (@elspethpri) e alguns outros na Amazon, ademais, estão espalhados por aí entre algumas editoras.
Eu me identifico como uma pessoa não-binária, com expressão de gênero feminina, Ginessexual, Demissexual, e estou me questionando bastante sobre uma possível assexualidade, porém, essa compreensão e aceitação de mim mesma, é muito recente. Vivi muitos anos sob o peso da heterossexualidade e cisgeneridade compulsória, sempre angustiada, em conflito, triste, entediada, desmotivada e irritada, sem saber a verdadeira causa.
Precisei lutar contra forças internas para entender que o que eu vivia não era minha realidade, mas sim algo imposto a mim. Precisei vencer o preconceito que tinha de mim mesma, o medo de me assumir para minha família, para les amigues, e me desprender da ideia de felicidade eterna, hoje eu penso que a vida é uma coleção de momentos, então aproveito ao máximo o que eu posso. Obviamente não consegui sozinha e nem num passe de mágica, faço terapia e já me questionava e me informava há algum tempo. Aliás, nada melhor que informação para lhe tirar de uma situação complexa.
Iniciei a hormonização este ano (2020) no meio da pandemia, vivendo em isolamento, sem contatos, sem apoio e sem nenhuma certeza do que estava fazendo.
Cheguei a desistir com poucas semanas depois do início, por sorte, guardei todas as receitas, guias e encaminhamentos que a médica me deu (sim, tudo com acompanhamento especializado), e então retomei a hormonização depois de muita reflexão e autoquestionamento. Hoje me sinto em paz comigo mesma, não tenho pressa e nem expectativas, apenas uma jornada.
Este site será um espaço onde postarei meus pensamentos, minhas críticas, dicas, minhas experiências e sempre que possível, algo que for sugerido por vocês. ^^
Bem, isso é um pouco de mim. Aguardem e logo terá mais.
Beijos da Pri!!! ^^
#nãobinárie #vidastransimportam #transgenero #nãobinário #hormonização
A lua derrama seu brilho pálido sobre o campo deserto, e as sombras das árvores dançam na terra seca como fantasmas que não encontram repou...